CASAS Fevereiro de 2015. Chamei casa ao teu nome e nele habitei como numa infância impossível Chamei casa aos teus cabelos aos teus lábios à tua pele e desamparado habitei teu oblongo nome Agora quem me salvará desta guerra desta sólida solidão de paredes tivesse lido certos poetas mais cedo e saberia como fugir da literatura como abandonar uma casa sem que pareça ter sido ela quem me abandonou Vejo a veloz multidão de vozes e temo encontrar-te sublinho decassílabos nos jornais procuro mulheres como casas em classificados e pergunto-me Viveria sob este nome salvar-me-ia ele do silente ruir de tudo Nuno Azevedo.
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Julho 2017
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