DESVENDA Um poema deveria servir pra curar ressaca pra pagar o aluguel pra fechar ferida pra abrir a porta [em quando se perdem as chaves pra fechar as perdas [de quando se abrem as portas Um poema deveria servir pra serrar a grade da janela pra pagar a conta de luz pra parar o choro pra matar a fome pra parar a guerra pra calar a boca pra abrir as pernas mas. Não há nada mais inútil que uma coisa que serve menos que chaves, funcionários, cobertores automóveis, televisroes smart microondas romances russos e vibradores. Um poema não serve pra nada além de todas as outras coisas que não podem ser resolvidas porque não estão à venda. O preço do poema é a eterna falta de serventia para fins comerciais Michele Santos.
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Julho 2017
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