ATÉ QUE NOS SEPARE A MORTE E então, vamos perdendo alguns poemas por dia, Não tanto quanto os sonhos Não esquecidos porque nunca lembrados E agora Esvoaçaram as aves de formas erráticas, As letras que definitivamente Esclareceriam tudo, todos Os modos e todos os falantes E vozes e intermittences du cœur Que temos aqui enterradinhos Como uma linha de pescar Sim, afundada no açude No pálido plácido palpável Açude de então: À distância, a madrinha nem ousa Oferecer em matrimônio Aquele poema, Aquele mesmo que não foi, Cônjuge e náufrago Até que dele nos separe a morte. (México, Puerto Morelos, 28 XII 03) Horácio Costa.
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Julho 2017
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