Velho Estás morto, estás velho, estás cansado! Como um suco de lágrimas pungidas Ei-las, as rugas, as indefinidas Noites do ser vencido e fatigado. Envolve-te o crepúsculo gelado Que vai soturno amortalhando as vidas Ante o repouso em músicas gemidas No fundo coração dilacerado. A cabeça pendida de fadiga, Sentes a morte taciturna e amiga, Que os teus nervosos círculos governa. Estás velho estás morto! Ó dor, delírio, Alma despedaçada de martírio Ó desespero da desgraça eterna. Cruz e Sousa.
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Julho 2017
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