O fim do mundo No fim de um mundo melancólico os homens lêem jornais. Homens indiferentes a comer laranjas que ardem como o sol. Me deram uma maçã para lembrar a morte. Sei que cidades telegrafam pedindo querosene. O véu que olhei voar caiu no deserto. O poema final ninguém escreverá desse mundo particular de doze horas. Em vez de juízo final a mim preocupa o sonho final. João Cabral de Melo Neto.
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Julho 2017
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