AMBICIOSA Para aqueles fantasmas que passaram, Vagabundos a quem jurei amar, Nunca os meus braços lânguidos traçaram O vôo dum gesto para os alcançar... Se as minhas mãos em garra se cravaram Sobre um amor em sangue a palpitar... — Quantas panteras bárbaras mataram Só pelo raro gosto de matar! Minha alma é como a pedra funerária Erguida na montanha solitária Interrogando a vibração dos céus! O amor dum homem? — Terra tão pisada! Gota de chuva ao vento baloiçada... Um homem? — Quando eu sonho o amor dum deus!... Florbela Espanca.
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Julho 2017
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